Texto base: 2 Cr 7:11-18
No momento da dedicação do templo de Jerusalém, no reinado de Salomão, o Senhor fez uma promessa ao povo de Israel que é aplicável à sua igreja em todas as épocas: Quando estivessem em dificuldades, enfrentando períodos de seca e esterilidade, bastaria dirigir um clamor ao Senhor que a resposta viria. Contudo, Deus estabeleceu algumas condições para que a sua bênção fosse derramada, como veremos a seguir:
Humilhar-se é reconhecer quem nós somos e quem Deus é:
Ao reconhecer sua pequenez, limitação, natureza, miséria e indignidade diante de um Deus tão poderoso e santo, o homem naturalmente se aproxima do Criador com humildade, pois sabe que é pó e que são as misericórdias do Senhor que o mantém de pé (Lm 3:22).
Nosso país passa por esta calamidade, pois não reconhece quem é Deus, mas existe um povo, uma nação de sacerdotes que reconhece a grandeza desse Deus nesta terra. Não podemos esperar que o ímpio reconheça quem é Deus. Isso é tarefa dos filhos. Quem honra o pai são os filhos e não os vizinhos.
Humilhar-se é submeter-se, sujeitar-se a alguém. No caso da nação para com Deus, é reconhecê-lo como Deus, Senhor, Soberano, Criador, Todo-Poderoso. É colocá-lo no centro de todas as coisas. Muita gente quer se relacionar com Deus para que ele faça a sua vontade. Um relacionamento saudável é quando ambos tem suas vontades realizadas. A vontade de Deus é que você o reconheça como seu Senhor, seu Pai. Se achegue com lágrimas e súplicas a Deus e coloque diante dEle suas petições, a fim de ser ouvido em tempo oportuno (Is 38:1-5).
A recomendação divina para que seu povo seja restaurado é orar, suplicar e buscar a face dele. Isso nos fala de buscar a presença do Espírito de Deus. Essa busca envolve: voltar-se para o Senhor, buscando a restauração da comunhão quebrada e colocar diante dEle o seu pecado (Sl 32:5; 51:3), os seus desejos (Sl 38:9), as suas petições (Sl 119:170) e as suas ansiedades (1 Pe 5:7).
Buscar a face de Deus é um desejo intenso de conhecê-lo, familiarizar-se com sua voz e conhecer sua vontade. Isso demanda tempo e perseverança do homem, pois muitas vezes será necessário abrir mão do conforto físico, de algum tempo de lazer e até mesmo dos próprios planos. Entretanto, nada no mundo é mais valioso do que a presença de Deus na vida do homem e sua comunhão com Ele. Buscar a face do Senhor, anelar a sua presença e comunhão conosco deve ser mais do que uma necessidade, deve ser um prazer para o crente (Sl 105:4; 42:1,2; 84:1,2).
O apóstolo João escreve em 1 Jo 1:8 que o crente ainda está sujeito a pecar. Quem diz que não peca é mentiroso. Contudo, isso não é um convite ao pecado, mas o reconhecimento de que o homem é, por natureza, pecador e que somente no céu estará livre para sempre dessa condição.
O arrependimento genuíno provém da tristeza por haver pecado, desagradado ao Senhor e entristecido o Espírito Santo (2 Co 7:10). A recomendação de João é: “Não pequeis”. Todavia, para aquele que pecou, ainda existe solução: Jesus, o Advogado. Se você se arrepender sinceramente e suplicar-lhe perdão, Ele intercederá junto ao Pai, a fim de que você receba o perdão divino e seja reconciliado com Deus.
Alguém precisa entrar na brecha pelo que os homens fizeram e estão fazendo nesta nação brasileira e é isso que faremos nestes próximos dias: orando, jejuando, clamando e se arrependendo diante de Deus.
Aquele que, de fato, se arrepende, confessa e abandona o erro. Não basta apenas reconhecer o erro. É imprescindível o abandono do pecado, a fim de alcançar misericórdia (Pv 28:13). Portanto, quando o Senhor requer que seu povo “se converta de seus maus caminhos”, Ele deseja mudança de rumo, transformação de palavras, atitudes, pensamentos, vontades e sentimentos.
Converter-se significa abandonar as práticas passadas, que não agradam a Deus, e viver uma vida que o agrade, pautada em sua Palavra. É uma vida completamente nova (2 Co 5.17). Como igreja de Cristo devemos ser os primeiros a mudar o rumo de nossas vidas no que diz respeito a pecar contra Deus como nação, mudaremos de atitudes ao vivermos nesta terra como representantes de Deus.
Observe que o versículo diz: “Se o meu povo”. Isso indica que é para aqueles que lhe pertence, os seus filhos.
O nosso Deus responde às orações daqueles que o temem (Sl 145:19). Para esses, o seu ouvido não está agravado, mas aberto (2 Cr 7:15; Is 59:1). Jesus ensinou a sobre um Pai amoroso que está sempre pronto a dar boas dádivas a seus filhos e incentivou seus discípulos a pedir e buscar a Deus, incessantemente, sem desfalecer (Lc 11:9; 18:1-7), porque Deus ouve e vê até o que está em secreto (Mt 6:6; Jo 9:31).
A segunda resposta do Senhor ao povo seria o perdão (1 Jo 1.9). A Bíblia está repleta de exemplos do perdão de Deus, tanto para com o povo Israel quanto para todos quantos lhe imploraram o perdão. Por várias vezes e para diversas pessoas, Jesus declarou: “Perdoados são os teus pecados” (Mt 9:2; Lc 7:48).
A terceira resposta divina diz respeito ao nosso sustento. Deus não está preocupado apenas em salvar nossa alma e espírito, pois sabe que precisamos ter nossas necessidades básicas supridas. Jesus ensinou que o Pai conhece as necessidades humanas e deseja supri-las (Mt 6:31,32). O Senhor cuida daqueles que o amam e o obedecem.
Além disso, há uma interpretação espiritual desta passagem. “Sarar a terra”, voltando a enviar chuvas, trata-se também de uma renovação espiritual do povo e do envio do Espírito Santo (Jl 2:28-32).
Nossa nação tem sido assolado pela corrupção, pornografia, doença, maledicências, etc, mas ainda sim tem recebido tanto de Deus nestas ultimas décadas. O que temos feito com o que recebemos de Deus? É hora de clamar, derramar lágrimas por nossa nação, pois assim, o Senhor fará brotar rios de água viva nela! Uma corrente de águas vivas flui através da vida dos crentes e atingira a outros com a mensagem sanadora do Evangelho. Portanto, clame por essa promessa maravilhosa para o nosso Brasil!
Portanto, Igreja de Cristo, humilhe-se, retorne ao Senhor, converta-se de seus maus caminhos, busque a presença divina continuamente, a fim de que o nosso Deus, segundo as suas riquezas, supra todas as nossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.
“O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.” – Fp 4:19